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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

De volta ao lar!

Passeando em terreno lunar!

Parte 08


De volta ao lar!



Por: Gustavo Pestana


Eduardo e Mônica retornam ao Brasil com muita esperança, pois as informações contidas naquele jornal eram semelhantes à alegria de um bebê que vê a sua retornar depois de horas de trabalho para amamentá-lo. Isso Basta pra que este pequeno ser seja feliz. A esperança gera em nossos corações expectativas reais quando tudo parece irreal.




Quando Eduardo e Mônica chegaram ao Brasil, eles encontraram a casa deles do mesmo modo que eles deixaram. Alias, quase tudo, pois a pequena Minie, uma cadela da raça poodle, comeu algumas flores do pequeno jardim de Mônica, fato que a irritou a principio, mas logo depois ela ficou calma. As margaridas e as tulipas estavam despedaçadas. O caseiro disse que isso aconteceu no momento em que ele foi limpar a casinha de Minie. Minie era muito experta e amava mastigar sandálias. Mônica já tinha perdido três sandálias em apenas dois meses.



Ah! Eu não poderia de contar que Eduardo quando chegou deu alguns beijos em Minie.


- Não! – Mônica grita e Eduardo solta Minie.


- Foi o que?


- Você beijou Minie! Você esqueceu que ela...- Eduardo começa a cuspir no chão e sai correndo para o banheiro pra lavar a boca, pois ele esqueceu que Minie toda manhã tinha o hábito de beber água do banheiro. Mônica começa a rir. Ela começa a rir. Mônica amava a casa dela. Ela acreditava que lar é o melhor local pra você estar quando as coisas não vão bem, quando o vento sopra contrário. Quando na rua faz frio, pois um o inverno está chegando. A família era a base sólida e confiável da pra ela. As pessoas normalmente se preocupavam mais em ter status, ganhar dinheiro que ter uma família unida. O ter superou o ser e a essência perdeu o seu valor perto da aparência. Devido a esses fatores, algumas pessoas desistiram de acreditar em casar, ter filhos e constituir uma família, se bloquearam pra felicidade, pois permaneceram presas no lapso de tempo infeliz. Mônica acreditava que o choro poderia durar uma noite, mas a alegria surgia brevemente com os raios de sol do amanhecer.






Eu esqueci de contar a vocês que ela fez uma placa pra colocar na entrada da casa. A placa tinha a seguinte frase “Home Sweet Home” que significa “Lar doce lar”. A prioridade de Mônica era o lar. Ela costumava dizer a Eduardo que não gostaria de trabalhar o dia todo, pois queria um tempinho todos os dias pra cuidar das plantas, brincar com os cães e etc. Aquele momento na vida de Mônica, apesar da adversidade de estar paraplégica, era muito próximo do futuro que ela sonhou quando conheceu Eduardo. Sonhamos com o futuro, desejamos o futuro, mas ele não existe, se não viver o presente diário que se chama hoje. Hoje é o melhor dia de sua vida, pois você pode sonhar com a construção de um lindo futuro que independe do seu passado.



A casa deles era simplesmente linda. Uma casa de 300m², com uma grande área verde, algumas árvores, uma pequena piscina e um jardim. O interior da casa tinha alguns quadros que Eduardo pintou. A cozinha era linda, pois Eduardo apreendeu a cozinhar e ele mesmo pensou em cada detalhe. As cores da casa eram cores suaves que traziam paz e tranqüilidade ao ambiente. Na sala de visitas havia um lindo aquário, pois Mônica sempre quis um aquário na sala.



Depois de ter brincado um pouco com Minie, Mônica foi dormir um pouco, pois ela queria ir no dia seguinte ao consultório pra saber mais sobre suas as reais chances de cura.






No dia seguinte Mônica não acorda tão bem. Suas costas doem muito, pois ela esperou muitas horas numa posição desagradável nos aeroportos que o vôo dela fez escala. Eduardo ficou muito preocupado, pois há muitos anos Mônica não sentia dores de coluna. Eduardo liga para o consultório e remarca a consulta. Mônica fica acamada o dia todo. Eduardo levantou bem cedo naquele dia. Preparou como de costume o café-da-manhã e foi cozinhar pra Mônica. Depois ele foi cuidar do jardim e brincar com Minie e Joy. Minie mastigou desta vez o tênis de Eduardo, no pé de Eduardo. Enquanto ele dava atenção a Minie Joy fez cocô no outro par do tênis e Joy comeu a ultima margarida do jardim. Uma dupla dinâmica.

Ele pensou se aquelas dores poderiam estar relacionadas à bala que se alojou em Mônica. Ele não dormiu tão bem preocupado com isso, então passou a noite em vigília orando pra que ela melhorasse e que não fosse nada de grave.



No dia seguinte Mônica acordou bem melhor e foi ao consultório com Eduardo. Lá eles conheceram a pequena Émile. Émile era uma menina com Leucemia. Um tipo de câncer no sangue.Ela era super tagarela e sorridente.



- Tia! Como é o seu nome? – Émile pergunta a Mônica



- Meu nome é Mônica e como é seu? - Mônica sorri para a garotinha.


- Emile, mas pode me chamar de Mile! Quem é esse moço ai?


- É meu esposo! O nome dele é Eduardo!


- Por que você esta nessa cadeira de rodinhas?


- Eu não posso mexer as pernas! Aconteceu um acidente comigo e eu fiquei assim!


- Você é triste por causa disso?


- Eu tive muito medo quando tudo aconteceu, mas Dú me ajudou bastante e eu me sinto feliz e bem!


- Que bom!


- E como vocês se conheceram?




Mônica olha pra Eduardo e diz:


- Essa é uma longa história!




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