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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Arquitetura de interiores!




Passeando em terreno lunar!


Parte 05



Arquitetura de interiores!


A água da praia estava quente. Mônica amava praia, amava qualquer local que tivesse bastante água, mas a praia era sua paixão. Desde pequena ela sempre gostou de ir à praia. Eduardo também gostava muito de ir à praia. Ele amava caminhar no entardecer pela praia. A areia fofa, a água numa temperatura agradável, somado ao vento e som das ondas, tornava a caminhada uma terapia contra o estresse diário. Naquele dia soprava uma suave brisa de verão naquela manhã.
No momento que Eduardo estava ajudando Mônica a passar o protetor solar. Como ele sempre amava fazer Mônica rir, fingiu estar passando protetor no rosto dela, porém ele a transformava numa palhaçinha com direito a nariz branco. Mônica ao retirar da “casa própria” um espelho – Casa própria era como Eduardo costumava chamar as bolsas de Mônica, pois ele afirmava que na bolsa de Mônica nunca faltava nada – ela dá uma gargalha, doce e educada como sempre.
- Gracinha o senhor!
- Obrigado pelo elogio! – Eduardo ria com tanta intensidade. Quase não conseguia falar.
- Pois eu lhe digo que você deve ter cuidado pra você não ser seqüestrado aqui em Sidney!
- Por quê? - Eduardo pára de rir
- Pois o Circo de Soleil deve procurar palhaços como você, que tem a capacidade de tornar sorridente e feliz qualquer pessoa que esteja ao seu redor!
- Oh! Mô deuso do xéu! Que lindo amor!
- Lindo vai ficar seu rosto amanhã de pasta de dente, quando você acordar – Mônica ri e abraça Eduardo.
- Você não é Maria, mas é cheia de graça! - Risos inundam aquele momento, de modo que a beleza praia torna-se pequena diante da beleza daquela cena.
Eduardo vai empurrando a cadeira de rodas de Mônica em direção ao local da área de mergulho, e, enquanto isso, Mônica percebe que várias pessoas estão olhando para eles e cochichando entre si. Seus olhares mesclam curiosidade e estranheza, o que a deixa profundamente desconcertada.
- Amor, será que essas pessoas estão falando de mim e você?
- Pode ser, amor!
- Eles devem estar imaginando o que uma pessoa numa cadeira de rodas está fazendo numa área de mergulho!
- Pensando que você vai mergulhar não é? As pessoas estão acostumadas a rotular as capacidades alheias pelo exterior das pessoas, por essa casca que o tempo altera!
- Eu sei amor disso, mas...
- Mas eles vão ter a oportunidade de descobrir que você foi feita por um Arquiteto de interiores!
-Como assim, Du? – Mônica olha fixamente para Eduardo, tentando buscar nos olhos dele algo que pudesse explicar melhor suas palavras.
- Mônica, deixa-me descrever a magnitude de tua beleza! – De súbito, Eduardo pára a cadeira de rodas e se ajoelha na frente de Mônica- Você não é semelhante a nada que conheci até hoje, a tua beleza é fruto de uma obra exemplar do criador, você é a resposta a expectativa de meu coração, é a resposta de meus sonhos na adolescência, como a felicidade inunda o meu coração pelo simples fato de estar ao seu lado. Eu agradeço a Deus porque o mundo não lhe conhece!
- Oxe! Por quê?
- Porque você seria logo classificada com uma das maravilhas do mundo e eu precisaria enfrentar fila pra me perder diante sua beleza.
Mônica ri docemente e diz emocionada:
- Ainda que eles descubram você sempre terá uma cadeira cativa, é o seu olhar que me deixa mais linda. São as suas palavras que adentram no âmago de meu coração, rompendo barreiras, que sozinha jamais conseguiria, você sim é um sonho coletivo dos corações femininos, vocês é (in)dizível, as vezes penso como você possa existir, melhor como eu consegui ter você sempre aqui comigo!
- Simplesmente por que eu te amo!
Eu nunca presenciei uma cena tão linda como aquela. As pessoas estavam todas admiradas em ver Mônica sendo levada no colo de Eduardo pra mergulhar. Mônica usava um colete salva-vidas que além de estar combinado com o seu maiô vermelho, permitia que ela mergulhasse com uma maior facilidade, mesmo não podendo mexer as pernas. Algo muito lindo. A multidão estava impressionada com aquela cena jamais vista naquelas praias de Sidney. Elas pensavam como um amor pode durar mesmo com tantas diferenças visuais entre os dois. As pessoas nunca compreendem isso, pois em sua grande maioria se perderam no caminho que as conduzia a felicidade, eles procuram o complexo e esqueceram que a beleza sempre esteve nas coisas simples da vida.
Já te roubaram algo? A sensação do roubo ou do furto é horrível!


Achei um vídeo na net da novela Viver a vida que tem uma cena muito semelhante a do livro. Gostaria de informar que este livro foi escrito entre 15/01/10 e 17/02/10. Antes mesmo da história da novela.


Próximo capitulo: Isso é um sequestro!




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