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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Passeando em terreno lunar!








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CAPITULO 01
PASSEANDO EM TERRENO LUNAR

Desfrute de uma doce e linda história,
Gustavo Pestana





Olá tudo bem?
Eu me chamo Eduardo.
Eu tenho 34 anos e trabalho como professor.


Nunca conheci uma pessoa que amasse tanto sua profissão como ele. As aulas de Eduardo, não eram simples aulas de física, eram espetáculos para um público de cerca de 40 alunos do ensino médio. Du era uma pessoa que ajudava bastante os alunos. Bem companheiro, meio que psicólogo. Ele parecia declamar as fôrmulas de física, tornando quase impossível não absorver aquele conhecimento.

Estava noivo de Mônica, uma ex-aluna sua do curso preparatório para o vestibular. Ela era muito dedicada em seus estudos e gradou-se em história e aos 29 anos estava iniciando o seu doutorado em historia da formação da Austrália, um doutorando pouco conhecido, mas ela amava estudar os fatos históricos, a beleza estava na simplicidade da vida, de modo que um simples pôr-do-sol deixava Mônica feliz. Eduardo sempre a apoiou em todas as suas decisões, por isso, ela determinada foi passar quatro meses na Austrália, para conhecer um pouco mais sobre aquele belo local.
Irei permitir que vocês leiam apenas uma parte de um e-mail que ela mandou para Eduardo.


Du,
Como vão as coisas por ai? E a nova turma no colégio? E seus pais estão bem?
Tudo aqui é muito lindo. Sidney é uma cidade maravilhosa. As praias são as mais lindas que eu já vi, os prédios tocam o céu facilmente. Ah! Mergulhei ontem pela manhã, você precisava estar aqui. Os corais, os peixes, toda a fauna marinha daqui é linda.................Lembra que um de meus sonhos era mergulhar? Pena que você não pode estar aqui! Mas um dia faremos isso juntos......
Du, você lembra quanto vale o "x" da questão?

x = amo-te!
rsrsr
: **
Com muito carinho, Mônica!



Após quatro meses, Mônica chega de viagem e Eduardo vai até o aeroporto esperá-la. Mônica não imaginava o que poderia acontecer na sua chegada ao Brasil. Exatamente às 16:30H, o avião pousa e o coração de Eduardo parece querer saltar por sua boca. Ele tinha planos secretos para aquela ocasião. Mônica desce do avião, mas não sabe que Eduardo a espera, pois naquele horário ele estaria ministrando aula. No momento que Mônica entra no salão do aeroporto de Congonhas, ela percebe que todas as pessoas se afastaram dela e, ao olhar para o chão, nota que está sobre um coração em cartolina vermelha. Naquele exato momento ela recebe um banho de pétalas de rosas vermelhas e uma voz começa a declamar um poema de Fernando Pessoa, pois Mônica amava os poemas dele:


É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado
,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!



Quer casar comigo?


O coração de Mônica, estava num ritmo tão acelerado que nenhum instrumento médico poderia acompanhar aquelas batidas. A sua história de vida passou diante de seus olhos, como se ela estivesse num cinema, seus momentos bons e ruins, ela pôde em segundos lembrar de tudo. Então em prantos da mais pura emoção, ela diz:
- Arrebatas-te! - Ouve-se o silêncio no aeroporto, pois todos queriam ouvir a resposta ao pedido de casamento.
- Arrebataste o meu coração com o teu doce jeito de ser. Com tua atenção incomparável, com sua forma de ser sempre presente em todos os momentos difíceis de minha vida. Eu ganhei mais que uma companhia, uma amizade, eu consegui aquilo que eu sempre procurei em meus sonhos. Quando eu pensei que a felicidade existia, nunca imaginei que ela estaria na simplicidade de tuas palavras.

- Eu digo sim!

No dia seguinte começaram os preparativos pra o casamento, o sonho de Mônica. Ela usava o telefone o dia inteiro, estava buscando as informações necessárias sobre casórios, roupas, decorações, cardápio, etc. Ela procurava todas as amigas mais experientes, as que já tinham passado por aquela época de tanta coisa. As sugestões eram muitas, afinal, existem inúmeras opções desses detalhes que fazem a festa ficar linda! Além disso, muitas decisões precisavam ser tomadas. Era necessário escolher a daminha, o porta-Bíblia, a florista, os padrinhos e madrinhas, a cerimonialista, o pastor, os músicos, os convites, e claro, os convidados! Apesar da ajuda dos amigos, era Mônica quem precisava resolver e escolher quase tudo. Ela conversava sobre os preparativos, pedia opiniões à Eduardo, e sempre buscava saber o que ele achava sobre as escolhas dela. Ela ficava feliz quando ele opinava. Eduardo não podia ir à rua apreçar coisas, nem passar o dia em busca de informações. Ele dava aula o dia inteiro. Era tanta coisa que só Mônica sabia! O legal era que o noivo confiava no gosto da sua noiva, e aprovava o que ela já tinha decidido, sempre com muita satisfação.

Passados três meses, acontece algo que seria bem melhor se não tivesse acontecido. Mônica ao ir fazer compras, fica presa num engarrafamento. Passaram 30 minutos e o trânsito continuava parado naquela região. Ela começou a ficar nervosa, e também percebeu uma grande euforia. Pessoas saiam correndo dos seus carros, crianças choravam muito e o pânico era evidente por todo o lado. Quando ela olhou o retrovisor, carros de polícia tentavam passar em meio àquele grande engarrafamento. Estava tudo parado devido à troca de tiros entre policiais e ladrões, que tinham fugido de algumas prisões. Sem entender muito do que ocorria, é atingida por uma bala perdida e fica paraplégica.

Quando Mônica acordou, ela estava no leito de um hospital. Tomou um susto! Ela não conseguia mover os seus pés, nem as suas pernas... Ela ainda não tinha passado pela cirurgia para a retirada da bala. Logo após a cirurgia ele percebe que Eduardo voltou ao leito que ela estava. Ele estava ao seu lado, com uma amiga dela, que também tinha ficado presa no engarrafamento, e pôde socorrer Mônica. Com calma, as perguntas de Mônica foram respondidas. O mais difícil foi explicar que ela estava paraplégica. Eduardo segurou a sua mão, alisou seus cabelos, e com segurança contou tudo pra a sua noiva. Ela chorou muito. Soluçava. Eduardo, muito emocionado também, demonstrou o carinho e o verdadeiro amor dele por ela. Ofereceu o apoio necessário em cada segundo.

A notícia daquele tiroteio logo se espalhou por toda a cidade, todo o estado. Os amigos de Mônica ficaram sabendo, ela recebeu muita atenção, e foi bem acolhida.

- E o casamento? E o sonho de um lar feliz? E agora Eduardo, o que você vai fazer? - Estas são as palavras do pai de Eduardo pra ele um mês após o ocorrido.

Por favor, respire bem fundo agora e antes de seguir na leitura desse texto. Feche os seus olhos. Por favor, faça isso! Respire fundo e continue lendo!

- Pai! - Eduardo coloca as suas mãos sobre os ombros de seu pai e continua falando de forma calma e serena.

- Se algum dia você tiver a oportunidade de contemplar a beleza do sol ao meio dia ou pisar no solo lunar, ou quem sabe passear pelas profundidades dos oceanos, entenderá o que vou te dizer. Mônica é a mulher de minha vida. Quando eu decidi me casar com ela, eu casei com a essência dela, com aquela parte dela que é intocável. Com a porção da vida que o mal jamais destruirá. Com o coração que vibra de alegria, com a beleza dos corais e belezas da Austrália. Não casei com seu estereotipo que o mundo vê. Ela vai ficar velha, e terá até lindas rugas, e alguns pessoas diram “você era tão linda quando nova!” Eles nunca conheceram Mônica de verdade. Você ainda não conhece o sol ainda, pois não conhece a sua essência. A física especula a sua essência, mas devido a sua magnitude astronômica, ele transcende o conhecimento do homem. Eu a amarei sempre pela sua fidelidade e amor para comigo, pelo seu carinho, cuidado e atenção. Nunca me senti tão bem ao lado de uma pessoa como de Mõnica. Ela é semelhante a minha imagem refletida num espelho, tudo nela me trás paz e segurança. Ela ultrapassou a barreira da amizade e tornou-se osso de meus ossos.

Depois de cinco meses de muita luta, e da ajuda de amigos e parentes, acontece o casamento deles. Ela entrou numa linda cadeira de rodas, e ele a esperou no altar como um admirador que contempla o ser mais belo que pôde conhecer.

“Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.”



O Pequeno Príncipe

Continua no capitulo 2

O Café-da-manhã!

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O Café-da-manhã!



(Parte 02)













Por: Gustavo Pestana


A orquídea que estava sobre a janela, estava suavemente coberta por gotas do orvalho da manhã! Como o dia estava lindo naquela manhã de outubro! Os pássaros cantavam numa árvore logo na frente do chalé que Mônica e Eduardo estavam hospedados. Eles decidiram ir passar a lua-de-mel na Austrália.
Que local lindo. A casa a qual eles estavam hospedados era próxima a uma cachoeira. O som das águas ao encontrarem o fim da queda d´água misturava-se com o vento que entrava no quatro.
Eduardo acordou bem cedo pra preparar o café-da-manhã. Assim que Eduardo chegou na cozinha ele abriu uma pequena janela, e, uma brisa entrou na cozinha junto com o frescor matinal, um aroma de manga o acompanhou. Eduardo logo foi buscar a origem daquele cheiro. Andando um pouco uma mangueira muito grande. A árvore estava cheia de mangas e, em sua maioria elas estavam maduras, deixando aquela árvore amarela. Logo atrás do pé de manga havia um pé de mamão. Eduardo pensa logo em fazer um suco pra deixar o café-da-manhã de Mônica o melhor possível. Ao retornar a cozinha começa o processo de perparação. Gente era algo muito engraçado, pois ele não tinha muito habilidade na cozinha, mesmo gostando muito de cozinhar. Era casca de manga pra um lado, caroço de mamão para o outro durante todo o processo. Eduardo ao perceber a bagunça que tinha feito trata logo de arrumar tupo, pois não gostava de ver a cozinha desorganizada. Manga, mamão, uvas, suco, e não poderia faltar geléia de maracujá, pois Mônica amava geléia de maracujá.
Eduardo, pega tudo o que ele preparou e vai até a cama. Ao chegar Mônica estava terminando de acordar. Ele senta-se ao lado dela e com um doce leve beijo na testa faz iniciar o dia de Mônica.
- Amor! Bom dia filha!
- Amor! Bom dia filho!
- Olha o que eu fiz pra você!
- Quanta coisa boa Dú! Hummmm. Aqui tem tudo o que eu gosto.
Mônica começa comendo o mamão, enquanto Eduardo apenas fica a admirando.
- Du!
- Oi Mônica!
- Tem algo se mexendo em baixo do lençol! Ou melhor, o lençol!
Sem esperar muito, Mônica joga a bandeja com o café da manhã pra cima e puxa o lençol pra descobrir o que era aquilo, pois Mônica imaginava que fosse uma barata. Ao olhar, Mônica percebe que foi um pequeno panda de pelúcia, que Eduardo tinha comprado pra ela.
- Amor que lindooo.....! - Mônica não conseguiu terminar de falar e, rompe o silêncio com uma doce gargalhada. Ela tentava se conter, mas não conseguia.
Você deve ter aprendido em física que tudo que sobe, desce por ação da gravidade. Pois é, o café da manhã que subiu, desceu todo sobre Eduardo.
O mamão serviu como chapéu, os pedaços de manga preencheram o espaço entre a lente dos óculos dele e seus olhos, e, a geléia, caia sobre o mamão gotejando suavemente sobre o nariz dele. Mônica aos poucos, ainda rindo, o ajudou a limpar-se ali mesmo. Eduardo pegou a geléia e, bem devagar a conduzia em direção a cabeça de Mônica.
- Você não vai fazer isso? Eu não acredito que você vai...
Imagine o banho de geléia de maracujá. O rosto de Mônica estava inundado de geléia. Só que além disso, ele foi pegar sucrilhos pra deixa-lá mais linda.
Aquela manhã foi inesquecível!
Ah! Quase eu ia esquecendo de compartilhar com vocês o bilhete que estava junto com panda, que naquele instante, era o panda de pelúcia mais doce do mundo.
Ní,
lembre-se que dizer eu te amo é muito fácil, pois as nossas cordas vocais conseguem emitir diversos tipos de sons. Lembre-se que as pessoas com o tempo, tornaram esta doce palavra semelhante a um “bom dia!” O meu amor por você é semelhante a terceira lei de Newton, uma reação a sua ação de me fazer feliz,
Com carinho Dú!
Alguém precisava tomar banho, pois naquela manhã o sonho de mergulhar precisa ser realizado!

CLIQUE e ASSISTA: Cena da LUA-DE-MEL
Achei um vídeo na net da novela Viver a vida que tem uma cena muito semelhante a do livro. Gostaria de informar que este livro foi escrito entre 15/01/10 e 17/02/10. Antes mesmo da história da novela.

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Recordações





Um amor para recordar
Por: Gustavo Pestana

Depois de um banho, Eduardo e Mônica conseguiram retirar todo mel, sucrilhos e caroços de melão, que sobraram do resto daquele café-da-manhã. Vocês lembram do e-mail que Mônica mandou pra Eduardo? No qual ela disse que gostaria de estar com Eduardo mergulhando? Pois é, mas como ela poderia mergulhar agora paraplégica? Como realizar aquele sonho?
- Vamos amor! Está na hora de você me apresentar a cidade de Sidney! - Eduardo estava super empolgado com o fato de poder conhecer aquela cidade, pois Mônica sempre falava em Sidney. Ele ficava tentando imaginar os mínimos detalhes dessa temporada com seu amor.
- Calma! Estou terminando de me arrumar!- diz Mônica.
Após dez minutos, Mônica sai do quarto, e Eduardo fica parado olhando para ela! Ele não diz uma palavra durante uns dois minutos. Eduardo ficou com a boca meio aberta sem perceber. Se você tivesse a oportunidade de vê-lo, você diria que ele estava com o corpo na terra, mas a cabeça no mundo da lua.
- Amor! Tudo bem com você? - Pergunta Mônica com medo.
- Está tudo bem sim! Por quê? – Responde Eduardo, como se estivesse anestesiado.
- Você fica ai calado e não diz nada, fiquei assustada! Foi alguma coisa? Aconteceu algo?
- Sim! Aconteceu algo muito sério!
- O que? É minha roupa? Não ficou legal?Ainda estou suja? Estou cheirando mal? Será que é o perfume novo, você não gostou?É meu cabelo, ele está desajeitado? Me diz por favor, já estou sem graça!
- Amor, é tudo em você!
- TUDO! Ai meu Deus! E agora?
- Tudo em você me faz feliz! Eu me perco te olhando! Olhar pra você me faz ganhar o dia! Saber que você existe, e contemplar a sua beleza, me faz compreender por que Gustavo Pestana, no texto Pedaço que me falta, diz que Adão ficou perdido diante da beleza de Eva! Perto de você eu percebo um pedaçinho do céu na terra, perto de você me faltam palavras e não consigo descrever o que vejo, de modo que o meu silêncio grita o meu amor! Ni, eu me lembrei de como nos conhecemos! De tudo!
- Du, perto de você eu me sinto mais forte! Eu senti tanto medo quando eu fui atingida pela bala! Apesar de te conhecer e das experiências lindas que tive com você, eu pensei que você me abandonaria, pensei que perderia a pessoa que mais esteve presente em meus momentos difíceis, pensei que eu morreria, isso me fez triste por alguns dias. Quantas lágrimas eu derramei durante a madrugada naquela cama fria do hospital. O silêncio do hospital me fazia sentir mais medo de tudo. Eu desejei a morte, pois aqueles sentimentos não me traziam vida. Eu já tinha passado por várias situações difíceis, com outras pessoas, você sabe do que eu falo, aquele passado que demorou pra passar. A cena mais linda que eu me recordo, foi o dia que você entrou na UTI, quando ainda nem era permitida visita. Você entrou na sala com uma pequena caixa vermelha. Nela tinha um pedaço de cartolina vermelha, algumas pétalas vermelhas de rosas e um cartão, no qual continha aquela poesia de Fernando Pessoa e, juntamente com ele um par de alianças.
- Ni, eu tive muito medo de perder você! Você é ....
- Calma amor! Deixa eu terminar de falar! Largue de impaciência! - Mônica ri de forma doce - Você sempre conseguiu atingir o meu coração com as coisas mais simples do mundo. As mais sinceras, as mais sublimes. Você sempre observador, mas eu devo admitir que eu também sempre fui, mas não poderia deixar você perceber, pois assim tudo parecia fluir num ritmo sublime! Mas pelo amor de Deus você precisa deixar de ser tão ansioso, nós já conversamos obre isso!
- Sim minha mãe! Vai me colocar de castigo agora é?
- Não Eduardo Oliveira. E você pare de ironia, você sabe que não suporto ironia.
- Apreendi com você teacher!(risos)
- Me poupe, Eduardo pelo amor de Deus.
- Você às vezes muda da água pro vinho num pequeno instante Mônica!
- Eu mesmo não você que às vezes fica... Amor! - Eduardo Grita. – Estamos quase em cima do horário do mergulho!
- Ai meu Deus! Vamos filho!
Mônica às vezes mudava de comportamento num espaço de tempo, ela tinha uma mania de corrigir Eduardo, e sempre tentar lhe ensinar o que ele deveria fazer e como ele deveria se comportar e isso não agradava Eduardo, pois ela fazia isso com muita freqüência.
P.S.: Tentei na imagem do texto, reproduzir o que Mônica viu dentro da caixa. As alianças não estão na imagem, pois elas nesse momento, já estavam nos dedos de Eduardo e Mônica! Dêem uma olhada na imagem, e tentem imaginar Mônica abrindo a caixa!



(Continua na Parte 04)

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Eu tenho medo!






Parte 04

Eu tenho medo!



Por: Gustavo Pestana


O dia estava lindo! Muito lindo! Mônica a caminho da praia estende o seu braço para fora da janela do carro, e sente o frescor do vento tocar-lhe a palma da mão, a sensação era semelhante a se uma pessoa lhe massageasse a mão. A vida para ela estava contida nas pequenas coisas, nos momentos considerados simples, pois ela entendia que muitas pessoas existiam, mas poucas viviam de verdade. Mas quem liga pra isso? Pensava Mônica. Pra que pensar na beleza do pôr-do-sol ou na linda lua, se o que normalmente as pessoas buscam é ser reconhecidas, ter dinheiro, ter status e possuir o que mais possa ser visto por outras pessoas. Numa busca por uma felicidade que talvez não exista. Os adultos acreditam que serão felizes ao terem carros, casas, fazendas, dinheiro e tantas outras coisas, e quando conseguem atingir estas metas, normalmente se distanciam da FELICIDADE. A felicidade é dinâmica, depende do olhar do expectador. É tão interessante como as crianças são a expressão máxima da felicidade, pois um mero óculos quebrado ou até mesmo um celular que não funciona, é algo espetacular para uma criança.
- Amor! – Disse Eduardo para Mônica.
- Oi filho!
- Coloca a mão pra dentro do carro por favor!
- Calma já vou!
- Amor! Por favor! Coloca a mão pra dentro do carro!
- Será que eu não posso colocar a mão um pouco pra fora do carro?
- Calma amor! A gente vai discutir agora?
- Você é um insensível! Só por que está dirigindo e não pode fazer isso, tenta me privar é?
- Não é isso!
- É sim, você não percebe que eu estou tão feliz com algo tão simples? Melhor você nunca percebe muita coisa! Você nem percebe quando eu uso simples brinco!
- Assim você me magoa Ní! Você sabe que eu não sou assim, por que você esta falando isso comigo? As vezes eu não lhe compreendo, você me parece estranha por algum momentos!
- Esquece isso que te falei Dú! Por favor, esquece!
Os dois após aquela discussão fútil, permanecem em silêncio até chegar à praia. Eduardo fica pensando, o motivo de Mônica sempre magoá-lo, mesmo ele sempre se doando ao máximo pra vê-lá feliz. Ele não media esforços pra conseguir ver surgir na face na face de Mônica um sorriso de alegria, mas ela não media a palavras lhe dizer algo, isso com o passar do tempo foi transformando ele.
Eduardo estaciona o carro, abri a sua porta e, vai pegar a cadeira de rodas de Mônica, que estava no porta-malas, ao abrir a porta pra Mônica, e antes mesmo de Mônica sair do carro e antes de sentar na cadeira, ele percebe que Mônica estava chorando.
- Amor! Foi o que? Me perdoe, eu não quis te magoar! Me perdoe!
Mônica chorava como uma criança. O Seu choro era delicado, mas rios de lágrimas vertiam de seus lindos olhos. Mônica era doce como uma criança e forte como um leão, ela conseguia ser antagonicamente perfeita. Ela era extremamente intensa em seus sentimentos.
- Não é você Dú. Você não fez nada! Não precisa me pedir perdão, eu é que devo lhe pedir perdão! Eu sempre lhe digo tudo o que penso, sem medir as palavras e, você sempre ouvi tudo calado. Sempre busca não me machucar.
- Por quê você está assim Ni? Você está tremendo e soando frio filha!
- Eu estou com muito medo, pois da ultima vez que eu mergulhei aqui, eu ainda podia mexer minhas pernas, mas agora elas estão paradas diante de meus olhos. Estou com muito medo - Quanto mais ela falava mais ela chorava.
- Calma amor?
- Calma? Eu estou tentando, mas não consigo! Eu estou com muito medo! - Mônica chorava e soluçava.
Eduardo dirige-se até Mônica, dá um abraço bem apertado e carinhoso nela e começa a chorar! O coração de Mônica parecia um coração de um pequeno pássaro que acaba de ser capturado. Ele batia muito rápido. Dava pra sentir que ela estava com muito medo. Seu choro era semelhante ao de uma criança! Aos poucos o coração deles começaram a vibravam no mesmo ritmo, na mesma melodia, era algo impressionante. Eles se completavam de forma única. Eles eram muito parecidos.
- Mônica, eu também não sei como será esse nosso mergulho. – Eduardo falava de forma tão doce no ouvido de Mônica, parecia um pai que canta pra sua filha dormir, a mais doce canção de ninar – Vai ser uma experiência difícil, muito difícil, mas seria mais difícil sem você ao meu lado. Eu prometo que estarei aqui bem ao seu lado pra te ajudar a mergulhar. Sempre que você sentir medo, pode gritar comigo, pode até jogar geléia em minha cabeça que eu não ficarei chateado com você – naquele momento surgi uma risada doce e serena de Mônica, um verdadeiro prêmio pra Eduardo – Amor! Eu serei a sua força na hora da fraqueza, serei o seu escudo em meio às lutas. Juntos, seremos fortes, pois nós temos o melhor auxilio pra vida de uma pessoa. Nunca estaremos sós, pois Deus é nosso socorro bem presente em meio às dificuldades. Não esse vendido por alguma pessoas extremamente religiosas, mas um Deus de amor e paz, que se faz presente a cada passo de nossas vidas, mesmo quando não houver esperança, Ele nos dará ânimo pra viver. Ele não nos livra dos problemas, mas no meio dos problemas para que nós possamos aprender com as adversidades da vida.
- Te amo Dú! – Mônica olha de forma tão doce para Eduardo.
- Também te amo cara de tatu! – Eduardo nunca perdia a chance de fazer uma graçinha. Ele amava fazer Mõnica feliz! Amava ouvir a sua doce risada!
- Seu besta!
Risos rompem as lágrimas e a tristeza se converte em alegria, e eles vão mergulhar.
Como será que foi o mergulho? Vocês nem imaginam o que aconteceu!


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(Continua na Parte 05)
O restante só na versão IMPRESSA.
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Arquitetura de interiores!




Passeando em terreno lunar!


Parte 05



Arquitetura de interiores!


A água da praia estava quente. Mônica amava praia, amava qualquer local que tivesse bastante água, mas a praia era sua paixão. Desde pequena ela sempre gostou de ir à praia. Eduardo também gostava muito de ir à praia. Ele amava caminhar no entardecer pela praia. A areia fofa, a água numa temperatura agradável, somado ao vento e som das ondas, tornava a caminhada uma terapia contra o estresse diário. Naquele dia soprava uma suave brisa de verão naquela manhã.
No momento que Eduardo estava ajudando Mônica a passar o protetor solar. Como ele sempre amava fazer Mônica rir, fingiu estar passando protetor no rosto dela, porém ele a transformava numa palhaçinha com direito a nariz branco. Mônica ao retirar da “casa própria” um espelho – Casa própria era como Eduardo costumava chamar as bolsas de Mônica, pois ele afirmava que na bolsa de Mônica nunca faltava nada – ela dá uma gargalha, doce e educada como sempre.
- Gracinha o senhor!
- Obrigado pelo elogio! – Eduardo ria com tanta intensidade. Quase não conseguia falar.
- Pois eu lhe digo que você deve ter cuidado pra você não ser seqüestrado aqui em Sidney!
- Por quê? - Eduardo pára de rir
- Pois o Circo de Soleil deve procurar palhaços como você, que tem a capacidade de tornar sorridente e feliz qualquer pessoa que esteja ao seu redor!
- Oh! Mô deuso do xéu! Que lindo amor!
- Lindo vai ficar seu rosto amanhã de pasta de dente, quando você acordar – Mônica ri e abraça Eduardo.
- Você não é Maria, mas é cheia de graça! - Risos inundam aquele momento, de modo que a beleza praia torna-se pequena diante da beleza daquela cena.
Eduardo vai empurrando a cadeira de rodas de Mônica em direção ao local da área de mergulho, e, enquanto isso, Mônica percebe que várias pessoas estão olhando para eles e cochichando entre si. Seus olhares mesclam curiosidade e estranheza, o que a deixa profundamente desconcertada.
- Amor, será que essas pessoas estão falando de mim e você?
- Pode ser, amor!
- Eles devem estar imaginando o que uma pessoa numa cadeira de rodas está fazendo numa área de mergulho!
- Pensando que você vai mergulhar não é? As pessoas estão acostumadas a rotular as capacidades alheias pelo exterior das pessoas, por essa casca que o tempo altera!
- Eu sei amor disso, mas...
- Mas eles vão ter a oportunidade de descobrir que você foi feita por um Arquiteto de interiores!
-Como assim, Du? – Mônica olha fixamente para Eduardo, tentando buscar nos olhos dele algo que pudesse explicar melhor suas palavras.
- Mônica, deixa-me descrever a magnitude de tua beleza! – De súbito, Eduardo pára a cadeira de rodas e se ajoelha na frente de Mônica- Você não é semelhante a nada que conheci até hoje, a tua beleza é fruto de uma obra exemplar do criador, você é a resposta a expectativa de meu coração, é a resposta de meus sonhos na adolescência, como a felicidade inunda o meu coração pelo simples fato de estar ao seu lado. Eu agradeço a Deus porque o mundo não lhe conhece!
- Oxe! Por quê?
- Porque você seria logo classificada com uma das maravilhas do mundo e eu precisaria enfrentar fila pra me perder diante sua beleza.
Mônica ri docemente e diz emocionada:
- Ainda que eles descubram você sempre terá uma cadeira cativa, é o seu olhar que me deixa mais linda. São as suas palavras que adentram no âmago de meu coração, rompendo barreiras, que sozinha jamais conseguiria, você sim é um sonho coletivo dos corações femininos, vocês é (in)dizível, as vezes penso como você possa existir, melhor como eu consegui ter você sempre aqui comigo!
- Simplesmente por que eu te amo!
Eu nunca presenciei uma cena tão linda como aquela. As pessoas estavam todas admiradas em ver Mônica sendo levada no colo de Eduardo pra mergulhar. Mônica usava um colete salva-vidas que além de estar combinado com o seu maiô vermelho, permitia que ela mergulhasse com uma maior facilidade, mesmo não podendo mexer as pernas. Algo muito lindo. A multidão estava impressionada com aquela cena jamais vista naquelas praias de Sidney. Elas pensavam como um amor pode durar mesmo com tantas diferenças visuais entre os dois. As pessoas nunca compreendem isso, pois em sua grande maioria se perderam no caminho que as conduzia a felicidade, eles procuram o complexo e esqueceram que a beleza sempre esteve nas coisas simples da vida.
Já te roubaram algo? A sensação do roubo ou do furto é horrível!


Achei um vídeo na net da novela Viver a vida que tem uma cena muito semelhante a do livro. Gostaria de informar que este livro foi escrito entre 15/01/10 e 17/02/10. Antes mesmo da história da novela.


Próximo capitulo: Isso é um sequestro!




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Isso é um sequestro!





Passeando em terreno lunar!
Parte 06
Isso é um sequestro!




Por: Gustavo Pestana

A água estava numa temperatura ótima, o mergulho foi super agradável, mas era necessário voltar pra casa. Mônica e Eduardo pegaram a estrada pra retornar pro chalé. Eles pegaram a estrada da costa de Sidney. A vista era linda. O Sol tinha terminado de se pôr e a lua cheia surgia linda no horizonte. Eu nunca tinha visto a lua tão linda daquela forma. Mônica não percebia, mas a linda lua cheia aparecia algumas vezes quando ela ia à praia. Vocês precisam ver o reflexo da lua cheia no mar, algo lindo.
- Amor, que entardecer lindo! Olha como o luar se deita nas águas! É como se derramasse sobre elas feixes de diamantes!
- É... realmente perfeito!
- Contemplar a natureza com toda essa perfeição, me faz sempre acreditar no amor e na graça de um Deus criador!
- Verdade Ní!
- Toda essa beleza é de graça. Sem custo algum! É um privilégio poder contemplar esse presente de Deus.
- E pensar que tantas pessoas tentam lucrar com as belezas naturais!
- Verdade...
- Amor! – Eduardo fala com uma voz meio tremula.
- Oi Dú!
- Eu acho que aquele carro está nos seguindo!
- Então corre!
Eduardo acelera o máximo que pode e, cerca de vinte minutos depois, não percebe mais nenhum carro o seguindo. Eles entram no chalé, tomam banho e sentam-se para jantar. A janta estava maravilhosa. Um excelente prato feito de frutos do mar, acompanhado de uma deliciosa gelatina de uva coberta com leite condensado.
Eles retornam ao chalé e se preparam pra dormir. Eduardo começa a massagear os pés de Mônica. Enquanto ele massageava o pé de Mônica, era possível ouvir umas palavras bem baixinho.
- Amor eu não sinto as pernas esqueceu? O que você está fazendo ai?
- Eu sei que você não sente, mas pode sentir! Algum dia...
- Esqueça disso! Eu estou feliz assim!
- Você não acredita nessa possibilidade?
- Eu............
- Eu acredito Mônica e estava orando, para que alguém descobrisse uma forma de você voltar a andar!
- Amor, tem gente que anda e corre e não é feliz como eu sou! A felicidade é uma forma de ver a vida, de enxerga tudo ao seu redor! A felicidade é uma cidade móvel!
Eduardo para de massagear Mônica e deita ao lado dela e diz:
- Mônica!
- Oi, amor!
- Lembra que hoje tinha um carro nos seguindo?
- Lembro sim!
- Pois é, eu pensei que poderia ser um seqüestro!
- Deus me livre e guarde!
- Eu gostaria de lhe falar algo! - Mônica vira rapidamente na direção de Eduardo e diz:
- Fala logo, pois você sabe que eu sou muito curiosa!
- Eu já cometi um seqüestro uma vez! – Mônica fica parada sem saber o que falar e Eduardo continua falando – Eu relutei muito em cometer aquele seqüestro. Mas eu precisava muito fazer aquilo!
- Mas Eduardo eu não acredito que me casei com um criminoso! – Mônica fala com uma voz tremula, quase chorando e Eduardo Continua.
- Eu planejei tudo. Todos os detalhes daquela ação! – Eduardo falava com muita alegria e sobre aquele feito – Eu esperei um momento perfeito! Eu busquei conhecer o refém e, descobrir ele tinha se ferido há algum tempo, algo muito sério, então percebi que seria uma difícil tarefa. Eu percebi que se eu quisesse mesmo fazer aquela proeza, deveria dedicar meu tempo e ter plena convicção se eu queria fazer o sequestro. Até orei e pedi a Deus que me ajudasse!
- Misericórdia – Mônica diz em alto e bom som.
- E mais! Eu só libertei o refém quando me pagaram o valor que eu pedia. Tentaram até negociar comigo, com um valor, mais baixo, mas eu não aceitei.
- Que horrível!- Mônica nesse momento chorava – Eu não quero lhe ver mais Eduardo. Nunca mais! Você merece ser preso por um crime desse, seu psicopata!
- Eu amei aquela ação, – ele tinha prazer em contar tudo pra Mônica, dava medo ao ouvir aquelas palavras -, e mais, eu não queria libertar o refém, eu queria a recompensa junto com o refém. E tudo isso precisava respeitar uma condição.
- Qual?
- Que o refém concordasse de livre vontade que a recompensa era justa, pois se não fosse assim eu não o queria como refém! – Mônica olha para Eduardo sem entender nada e lhe pergunta:
- Você seqüestrou quem e qual era a recompensa?


- Eu seqüestrei o seu coração e como recompensa pedi o seu amor!




- Besta! Idiota! Sem graça! – Mônica deu vários tapas em Eduardo e depois disse: - Você é minha tempestade de amor, você apareceu na hora certa pra seqüestrar o meu coração e ainda bem que eu paguei o resgate! – Ela ri como uma adolescente apaixonada!





Noticia ruim voa! Noticia boa demora muito de chegar! Vocês não imaginam o que aconteceu na manhã do dia seguinte!



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O jornal!



Passeando em terreno lunar!

Parte 06

O jornal!




Por: Gustavo Pestana




O local que Mônica e Eduardo escolheram pra passar a lua-de-mel era perfeito. Os pássaros cantavam pela manhã, o som da cachoeira preenchia aquele chalé com algo divino. Com um pedaço do céu. Mas naquela manhã chovia muito, densas nuvens cobriram o céu de Sidney.
Eduardo levanta às oito da manhã. A sensação de frio era agradável. Mas estava chovendo muito. Eduardo percebe que embaixo da porta havia um jornal encharcado pela chuva. Ele traz o café-da-manhã pra Mônica na cama e, ao abrir o jornal vê na manchete a seguinte notícia: Esperança para os paraplégicos surgiu no interior no Brasil. Eduardo começa a chorar de emoção, pois a notícia naquela matéria era algo impossível, segundo a medicina, até aqueles dias. A esperança gera em nossos corações expectativas reais quando tudo parece irreal. Ele mostra a matéria pra Mônica que se anima e começa a sonhar com a possibilidade de voltar a andar.






- Dú! – A voz de Mônica está trêmula. Ela esta suando frio.


- Oi!


- Será que isso vai dar certo?


- Sim! Com fé em Deus vai dar tudo certo! Eu acredito que essa foi uma resposta de Deus a minha oração!


- Eu não entendendo muito dessas coisas de medicina, tenho medo de...


- Amor! O Medo é algo normal em nossas vidas, o que não podemos é ser reféns dele. Devemos apreender com ele e, vencermos as barreiras que surgem em nossa frente.


- Eu me sinto frágil mesmo você sempre me dizendo que sou forte e......


- Aqui no jornal diz que as chance de uma pessoa retornar a andar são de 70% quando a lesão ocorreu a pouco tempo!


- Qual o nome do médico?


- Felipe Nunes!


-Lipe! – Mônica diz espantada.


- Eu conheço ele e a esposa dele! Ela é pediatra e ele neurocirurgião, por sinal um dos melhores do Brasil. A esposa dele é minha amigona, ela tem o cabelo bem cacheado! Eu cresci com a esposa dele, brincávamos muito quando pequenas e também discutamos bastante. Parecia até que nós éramos irmãs. Eu me recordo do dia que estávamos brincando na porta da casa dela e começou a chover. Foi muito legal aquele dia! Eles dois são um amor de pessoa!


- Então nós podemos arrumar as malas e retornar para o Brasil!


- Sim! Dú!








Mônica estava super feliz, pois o médico era amigo deles. E começou a sonhar com a possibilidade de andar de bicicleta, de passear pelas praças de sua cidade, de nadar e correr atrás dos pequenos primos e sobrinhos e etc. Com tantas possibilidades impossíveis naquele momento. Eduardo já começa pensar o que eles poderiam fazer juntos, como andar de pedalinho, brincar com os sobrinhos de corrida de saco, correr na praia.


Durante aquele dia eles arrumaram as malas e foram dar o ultimo passeio em Sidney. Eles foram ao zoológico. No caminho Eduardo para num petshop e Mônica o aguarda no carro. Ele volta com uma pequena caixa.






- O que é isso Dú?


- Foi comprar umas coisas pra levar para os animais no zoológico!








Mônica amava animais, principalmente os fofinhos e, no zoológico de Sidney tinha vários animais como o urso panda. Lá eles alimentaram alguns animais com graus que Eduardo comprou.


Quando eles retornaram ao carro, Mônica entra no carro e coloca a caixa no colo, pois Eduardo disse que além da alimentação tinha algo muito frágil dentro da caixa. No meio do caminho a caixa começa a se mexer.






- Dú!


- Oi!


- Tem alguma coisa se mexendo aqui dentro!


- Olha o que é!




Quando Mônica abri a caixa, ela vê um lindo cachorro da raça Beagles. Muito parecido com esse da foto.


- Qual é nome dele Dú?


- Joy!


- Que nome lindo! Tão fofinho! Você sabe que eu amo coisas fofas!


- Por causa disso que eu comprei ele! - Risos















Lar doce lar!


home sweet home!



Chegou a hora deles voltarem pra casa!


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De volta ao lar!

Passeando em terreno lunar!

Parte 08


De volta ao lar!



Por: Gustavo Pestana


Eduardo e Mônica retornam ao Brasil com muita esperança, pois as informações contidas naquele jornal eram semelhantes à alegria de um bebê que vê a sua retornar depois de horas de trabalho para amamentá-lo. Isso Basta pra que este pequeno ser seja feliz. A esperança gera em nossos corações expectativas reais quando tudo parece irreal.




Quando Eduardo e Mônica chegaram ao Brasil, eles encontraram a casa deles do mesmo modo que eles deixaram. Alias, quase tudo, pois a pequena Minie, uma cadela da raça poodle, comeu algumas flores do pequeno jardim de Mônica, fato que a irritou a principio, mas logo depois ela ficou calma. As margaridas e as tulipas estavam despedaçadas. O caseiro disse que isso aconteceu no momento em que ele foi limpar a casinha de Minie. Minie era muito experta e amava mastigar sandálias. Mônica já tinha perdido três sandálias em apenas dois meses.



Ah! Eu não poderia de contar que Eduardo quando chegou deu alguns beijos em Minie.


- Não! – Mônica grita e Eduardo solta Minie.


- Foi o que?


- Você beijou Minie! Você esqueceu que ela...- Eduardo começa a cuspir no chão e sai correndo para o banheiro pra lavar a boca, pois ele esqueceu que Minie toda manhã tinha o hábito de beber água do banheiro. Mônica começa a rir. Ela começa a rir. Mônica amava a casa dela. Ela acreditava que lar é o melhor local pra você estar quando as coisas não vão bem, quando o vento sopra contrário. Quando na rua faz frio, pois um o inverno está chegando. A família era a base sólida e confiável da pra ela. As pessoas normalmente se preocupavam mais em ter status, ganhar dinheiro que ter uma família unida. O ter superou o ser e a essência perdeu o seu valor perto da aparência. Devido a esses fatores, algumas pessoas desistiram de acreditar em casar, ter filhos e constituir uma família, se bloquearam pra felicidade, pois permaneceram presas no lapso de tempo infeliz. Mônica acreditava que o choro poderia durar uma noite, mas a alegria surgia brevemente com os raios de sol do amanhecer.






Eu esqueci de contar a vocês que ela fez uma placa pra colocar na entrada da casa. A placa tinha a seguinte frase “Home Sweet Home” que significa “Lar doce lar”. A prioridade de Mônica era o lar. Ela costumava dizer a Eduardo que não gostaria de trabalhar o dia todo, pois queria um tempinho todos os dias pra cuidar das plantas, brincar com os cães e etc. Aquele momento na vida de Mônica, apesar da adversidade de estar paraplégica, era muito próximo do futuro que ela sonhou quando conheceu Eduardo. Sonhamos com o futuro, desejamos o futuro, mas ele não existe, se não viver o presente diário que se chama hoje. Hoje é o melhor dia de sua vida, pois você pode sonhar com a construção de um lindo futuro que independe do seu passado.



A casa deles era simplesmente linda. Uma casa de 300m², com uma grande área verde, algumas árvores, uma pequena piscina e um jardim. O interior da casa tinha alguns quadros que Eduardo pintou. A cozinha era linda, pois Eduardo apreendeu a cozinhar e ele mesmo pensou em cada detalhe. As cores da casa eram cores suaves que traziam paz e tranqüilidade ao ambiente. Na sala de visitas havia um lindo aquário, pois Mônica sempre quis um aquário na sala.



Depois de ter brincado um pouco com Minie, Mônica foi dormir um pouco, pois ela queria ir no dia seguinte ao consultório pra saber mais sobre suas as reais chances de cura.






No dia seguinte Mônica não acorda tão bem. Suas costas doem muito, pois ela esperou muitas horas numa posição desagradável nos aeroportos que o vôo dela fez escala. Eduardo ficou muito preocupado, pois há muitos anos Mônica não sentia dores de coluna. Eduardo liga para o consultório e remarca a consulta. Mônica fica acamada o dia todo. Eduardo levantou bem cedo naquele dia. Preparou como de costume o café-da-manhã e foi cozinhar pra Mônica. Depois ele foi cuidar do jardim e brincar com Minie e Joy. Minie mastigou desta vez o tênis de Eduardo, no pé de Eduardo. Enquanto ele dava atenção a Minie Joy fez cocô no outro par do tênis e Joy comeu a ultima margarida do jardim. Uma dupla dinâmica.

Ele pensou se aquelas dores poderiam estar relacionadas à bala que se alojou em Mônica. Ele não dormiu tão bem preocupado com isso, então passou a noite em vigília orando pra que ela melhorasse e que não fosse nada de grave.



No dia seguinte Mônica acordou bem melhor e foi ao consultório com Eduardo. Lá eles conheceram a pequena Émile. Émile era uma menina com Leucemia. Um tipo de câncer no sangue.Ela era super tagarela e sorridente.



- Tia! Como é o seu nome? – Émile pergunta a Mônica



- Meu nome é Mônica e como é seu? - Mônica sorri para a garotinha.


- Emile, mas pode me chamar de Mile! Quem é esse moço ai?


- É meu esposo! O nome dele é Eduardo!


- Por que você esta nessa cadeira de rodinhas?


- Eu não posso mexer as pernas! Aconteceu um acidente comigo e eu fiquei assim!


- Você é triste por causa disso?


- Eu tive muito medo quando tudo aconteceu, mas Dú me ajudou bastante e eu me sinto feliz e bem!


- Que bom!


- E como vocês se conheceram?




Mônica olha pra Eduardo e diz:


- Essa é uma longa história!




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